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Auxílio Emergencial: mais de 22 milhões de brasileiros ficaram sem benefício com o fim do programa

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O auxílio emergencial termina no final deste mês de outubro e deve deixar mais de 22 milhões sem ajuda financeira do governo. A situação se dá porque muitos beneficiários do programa não serão contemplados pelo Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que vai substituir o Bolsa Família e que deve começar a ser pago em novembro.

Auxílio Emergencial: mais de 22 milhões de brasileiros ficaram sem benefício com o fim do programa
Auxílio Emergencial: mais de 22 milhões de brasileiros ficaram sem benefício com o fim do programa

O ministro da Cidadania, João Roma, já disse que prorrogação do auxílio não é uma opção. Na ocasião, ele também aproveitou para anunciar que o Auxílio Brasil será de R$ 400 até o final de 2022.

O Ministério da Cidadania divulgou que, neste mês de outubro, 34,4 milhões de famílias foram atendidas pelo Auxílio Emergencial. Desse público, 25 milhões não fazem parte do público do Bolsa Família (são trabalhadores que se inscreveram por meios digitais ou que integram o Cadastro Único).

Já o Bolsa Família chega a 14,6 milhões de famílias ao todo. Com o Auxílio Brasil, o governo atender todo esse grupo, além de acrescentar 2,4 milhões até dezembro, totalizando 17 milhões de famílias beneficiadas.

Ainda que esses 2,4 milhões alcancem exclusivamente trabalhadores do público do Cadastro Único e dos meios digitais que receberam o Auxílio Emergencial, mais de 22 milhões de famílias devem deixar de receber ajuda mensal do governo a partir de novembro.

Em nota, o Ministério da Cidadania afirmou: “O governo federal vai reajustar os valores dos benefícios pagos pelo Programa Bolsa Família (PBF) e concederá um complemento no valor do Auxílio Brasil, assegurando uma renda de pelo menos R$ 400 para cada família, com responsabilidade fiscal”.

“Para garantir o atendimento da população mais vulnerável, o Cadastro Único está sendo modernizado para fortalecer a relação com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e, com isso, melhorar a porta de acesso dos cidadãos de menor renda nos programas sociais”, continua o comunicado (leia a íntegra ao final desta reportagem).

39,4 milhões de beneficiados em 2021
Lançado em abril de 2020 para atenuar os impactos econômicos provocados pela pandemia do coronavírus, o Auxílio Emergencial repassou cerca de R$ 359 bilhões de 2020 a 2021.

Foram duas etapas: nove parcelas no ano passado, e sete este ano, de abril a outubro. O calendário de pagamentos termina neste mês.

Em 2021, 39,4 milhões de famílias foram beneficiadas pelo Auxílio Emergencial, a um custo de R$ 59,5 bilhões aos cofres públicos, segundo o Ministério da Cidadania. O valor médio do benefício em 2021 é de R$ 250, variando de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.

“Por imposição legal, todos os pagamentos do Auxílio Emergencial 2021 passaram mensalmente por uma fase de reverificação dos requisitos de elegibilidade. Esse procedimento, conhecido como revisão mensal, visa garantir que o benefício chegue exclusivamente aos cidadãos de menor renda e justifica a flutuação no número de beneficiados”, explicou o ministério.

Fonte: Contábeis